quinta-feira, 25 de novembro de 2010

sobre FRANKENSTEIN (mary shelley) (2:3)




Sobre “Frankenstein” (1818)
de Mary Shelley (1797-1851)

Literatura de terror
(horror fiction)


Frankenstein
Contos de E A Poe
Dracula


O terror do que foge ao controle: a criatura contra o criador


P2

Criador e Criatura

O texto primordial de Mary Shelley iniciava-se aqui – no capítulo V, no definitivo – com uma descrição ultra-romântica da noite sombria na qual foi gerada a criatura.

“Foi numa medonha noite de novembro que eu observei o resultado de meus esforços. Com uma ansiedade que era quase agonia, eu reuni os instrumentos de vida ao meu redor, que eu devia infundir uma faísca de existência naquela coisa sem-vida que jazia aos meus pés.” (“It was on a dreary night of November that I beheld the accomplishment of my toils. With an anxiety that almost amounted to agony, I collected the instruments of life around me, that I might infuse a spark of being into the lifeless thing that lay at my feet.” c. V)

Victor Frankenstein, assim, pretende infundir uma 'faísca de vida' na coisa não-viva. O método exato ele evita descrever – não deseja que a tragédia se repita! - mas o cinema mostra o uso do raio (há sempre uma terrível tempestade para assustar !) para o papel de 'faísca de vida'. De qualquer modo, a 'coisa' é animada, mas nada há de beleza no ser recriado de membros humanos.

“Eu tinha trabalhado pesado por quase dois anos, com o único propósito de infundir vida num corpo inanimado. E assim me privei de descanso e saúde. Tinha desejado isso com tal ardor que supera a moderação; mas agora que eu tinha terminado, a beleza do sonho se perdera, e um horror de perder o fôlego e todo um desgosto me enchiam o coração.” (“I had worked hard for nearly two years, for the sole purpose of infusing life into an inanimate body. For this I had deprived myself of rest and health. I had desired it with an ardour that far exceeded moderation; but now that I had finished, the beauty of the dream vanished, and breathless horror and disgust filled my heart.” c. V)

Temos – somos jogados – no ápice do terror: a criatura é reanimada, é um monstro miserável, nada tem daquela 'nova espécie' de seres venturosos que Victor desejava. O criador vê-se diante da criatura e nada faz além de fugir! Fugir do “cadáver demoníaco ao qual eu dera vida tão miseravelmente.” (“the daemoniacal corpse to which I had so miserably given life.”)

O terror de Victor Frankenstein vem da decepção com a feiúra, a desproporção infernal do monstro. Ao contrário de resolver o problema que criou, o cientista simplesmente resolve fugir! (Assim os cientistas hoje: criam uma bomba mortífera e fogem da responsabilidade, deixando tudo na mão de políticos e militares! Vide o Projeto Manhattan, durante a Segunda Guerra Mundial.)

O jovem Dr. Frankenstein é uma espécie de cientista-mago, um Fausto, que desperta forças, mas é incapaz de controlá-las. Tudo o que vem depois será consequência funesta desta ambição frustrada: a criatura volta-se contra o criador. Quando Victor volta ao quarto – após reencontrar o amigo Clerval, vindo da Suiça – o jovem cientista não vêm nem sinal do 'monstro'. Sente imediato um alívio – sem pensar que não se livrará tão fácil da 'criatura'...! o amigo percebe o quanto o jovem estudante está transtornado, em terível estado de nervosismo. E desmaia diante do recém-chegado.

Lembramos que a narração é em 1ª pessoa, e pouco é realmente explicado – o leitor precisa imaginar além do que é relatado. (Assim é nos contos de Edgar Allan Poe, na novela de Henry James - “The Turn of the Screw” - no “Dracula” de Bram Stoker.)(2) E a crise nervosa de Victor dura muitos meses. E por onde andará a criatura? Só saberemos quando o próprio monstro de Frankenstein narra o próprio drama (capítulos XI a XVI, quando o monstro exige do criador uma outra criatura, uma fêmea, para fazer-lhe companhia.)

Ao recuperar a consciência, Victor lê as cartas que recebeu de Elizabeth, e do próprio pai, que relata então a tragédia que se abate sobre a família Frankenstein. Começa a vingança do monstro. Temos uma construção narrativa que articula cartas, diários, testemunhos, numa técnica encontrada também em “Dracula”. Na perseguição, que Victor inicia para 'punir' o monstro, temos trechos de poemas de Coleridge, Wordsworth, onde o estilo romântico é mais evidente. Não há citação de poetas alemães – o que é estranho, visto o idioma de Victor ser o alemão. Mas é Walton quem escreve, e o capitão é um britânico.

Depois do fracasso com a experiência – reanimar um monstro, uma 'colcha de retalhos' feita de membros de cadáveres – o Dr. Frankenstein toma nojo de laboratórios científicos, e até muda de gabinete. Todos elogiam os 'progressos científicos' de Victor – pois desconhecem a criatura que anda à solta... A reserva depressiva do jovem Dr. É vista como 'modéstia' – não sabem eles até onde o talento do jovem pôde levá-lo rumo à demência...!

“Desde a noite fatal, o fim de meus esforços, e o começo de minhas desventuras, eu tinha sentido uma violenta antipatia mesmo ao nome ciências naturais. Quando, por outro lado, mesmo tendo restaurado a saúde, a visão de um instrumento de química poderia renovar toda a agonia de meus sintomas nervosos.” (“Ever since the fatal night, the end of my labours, and the beginning of my misfortunes, I had conceived a violent antipathy even to the name of natural philosophy. When I was otherwise quite restored to health, the sight of a chemical instrument would renew all the agony of my nervous symptoms.” c. VI)


Enquanto isso, o amigo Clerval não se interessa por 'ciências naturais', mas dedica-se à literatura, às línguas orientais. (Que passam a distrair o curioso Victor, agora ocupado com idiomas persa, árabe, sânscrito...) Clerval quer seguir carreira no Oriente Médio (onde sabemos que ocorre toda uma expansão do imperialismo britânico na Índia, Birmânia, Cingapura...)

Lembrar que o 'orientalismo' – o lado exótico, pelo menos – está presente nas obras de artistas da época – e na aspiração de alguns filósofos decepcionados com o 'Ocidente' – está presente nas obras do romântico Lord Byron, as 'oriental tales'The Corsair, Sardanapalus, etc – o quanto a melancolia e resignação oriental difere das épicas gregas e romanas.

Depois da carta do pai, ao anunciar a tragédia, o jovem irmão William encontrado estrangulado, “a marca do dedo do assassino era nítida no pescoço” do irmão – Victor segue para Genebra com toda uma angústia: por que seu irmão foi cruelmente assassinado? Victor volta e ncontra uma enlutada casa familiar. As descrições da antureza estão carregadas de sentimentos,

“Minha viagem foi bem melancólica. Primeiro, queria me apressar, pois ansiava por consolar e solidarizar-me com os meus amados amigos que sofriam; mas quando cheguei perto de minha cidade natal, eu diminui o meu avanço. Eu dificilmente poderia aguentar a quantidade de sentimentos que me povoavam a mente.”( “My journey was very melancholy. At first I wished to hurry on, for I longed to console and sympathise with my loved and sorrowing friends; but when I drew near my native town, I slackened my progress. I could hardly sustain the multitude of feelings that crowded into my mind. [...])


Victor atravessa cenários que assistiram aos momentos de sua infância feliz, e a placidez da natureza mostra, para os inquietos sentimentos dele, um ar de zombaria,

“Chorava tal uma criança. 'Queridos montes! Meu belíssimo lago! Como vós recebeis o vosso andarilho? Vossos cumes tão claros; o céu e o lago tão azuis e calmos. Estão a preanunciar a paz, ou zombam de minha desventura?” (“I wept like a child. "Dear mountains! my own beautiful lake! how do you welcome your wanderer? Your summits are clear; the sky and lake are blue and placid. Is this to prognosticate peace, or to mock at my unhappiness?"” c. VII)

Assim é o sujeito romântico – as forças (e as 'faces') da Natureza, das paisagens, se mostram de acorod com o humor, a emoção de quem vê e sente. Não há algo lá fora que não seja 'filtrado' pela sensibilidade. Há quase uma 'personificação' do mundo natural, como se 'voluntariamente' atentasse contra a presença humana. Assim as forças da natureza se manifestam diante do luto de Victor – e ele se sente pessoalmente atingido, até ofendido!

A dor em consonância com o 'estado de ânimo' – já vimos algo semelhante em duas peças de Shakespeare – as cenas de tempestade em “King Lear” e “The Tempest” - pois é na tempestade que Victor vê, finalmente, o vulto da criatura. Mas é inútil tentar perseguir o monstro.

“Um clarão de relâmpago iluminou a coisa, e descobri plenamente sua forma; de gigantesca estatura, e a deformidade de seu aspecto o mais hediodo que havia no ser humano, instantaneamente informou-me que era o miserável ser, o demônio imundo, ao qual eu dera vida. O que ele fazia lá? Poderia ele ser (então me arrepiei só em pensar) o assassino do meu irmão? Tão logo a ideia cruzou a minha mente, fiquei convicto da verdade disso; meus dentes rangeram, e me segurei numa árvore para não cair. O vulto passou rapidamente, e acabi por perdê-lo no escuro.”

(“A flash of lightning illuminated the object, and discovered its shape plainly to me; its gigantic stature, and the deformity of its aspect more hideous than belongs to humanity, instantly informed me that it was the wretch, the filthy daemon, to whom I had given life. What did he there? Could he be (I shuddered at the conception) the murderer of my brother? No sooner did that idea cross my imagination, than I became convinced of its truth; my teeth chattered, and I was forced to lean against a tree for support. The figure passed me quickly, and I lost it in the gloom.” c. VII)


O terror dentro do terror: Victor relembra as cenas que presenciamos no capítulo V: a criação do monstro. O que acontecera há quase dois anos... “Passaram-se quase dois anos desde a noite na qual ele recebeu a vida; era este o seu primeiro crime? Ai! Eu tinha solto no mundo um miserável ser depravado, cujo o prazer era o massacre e a miséria; não tinha ele matado o meu irmão?” (“Two years had now nearly elapsed since the night on which he first received life; and was this his first crime? Alas! I had turned loose into the world a depraved wretch, whose delight was in carnage and misery; had he not murdered my brother?”)

Ao chegar em casa, Victor já tem a alma pesarosa, uma vez que indiiretamente ele causara a morte cruel do irmão. Mas nada revela – no mínimo seria considerado louco. “Eu bem sabia que se um outro qualquer tivesse comunicado tal fato para mim, eu o teria visto como se fosse os delírios da loucura.” (“I well knew that if any other had communicated such a relation to me, I should have looked upon it as the ravings of insanity.”)

Agora sabemos quanto tempo Victor ficou longe da família – seis anos. E volta para compartilhar a tragédia. E descobre que uma das criadas á acusada de ser a assassina! A moça é levada à julgamento. Outra vítima da criatura de Victor! Como ele poderá livrar e inocentar a moça?

Também Elizabeth espera que seja provada a inocência da criada Justine. Afinal, seria uma inocente destruída após a morte de outro inocente! Mas como poderá Victor inocentar a criada sem que ele passe por um lunático. A empregada tenta se defender, mas toda a desventura deixou-a deveras perturbada. E Victor nada pode fazer, a não ser engolir os remorsos. A criada é condenada.

O desespero de Victor é ao estilo byroniano – veja-se os sofirmentos morais de 'Manfred' e 'Cain' – com a colheita de lágrimas que ele oferta aos parentes – 'chorem, derramem incontáveis lágrimas' (“you weep, to shed countless tears” ). Então o terror se precipita – o destino é inexorável, é implacável – eis o leitmotiv da tragédia grega. Victor visava o bem e a utilidade – mas acabou por criar a crueldade e a monstruosidade. O próprio Victor torna-se uma figura pouco humana, um misantropo. A mágoa de Victor já é considerada excessiva até pelos familiares. “Solidão era o meu único consolo – profunda, sombria e fatal solidão.” (“solitude was my only consolation – deep, dark, deathlike solitude.”)

Victor vive em constante temor, ao pressentir a vingança do monstro por ele criado. Qualquer um dos seus parentes pode ser a próxima vítima. Inclusive a amada Elizabeth! O luto encobre o lar da família Frankenstein, a afetar a delicada Elizabeth, a moça que acreditava na bondade. Agora elea sabe o que é crueldade e injustiça. (Temos a fala de Elizabeth dentro da narrativa de Victor – as palavras são fruto das interpretações dele, ao lembrar-se do drama.) O estilo da Autora se mostra nos momentos mais dramáticos com toda uma penumbra byroniana, onde Victor Frankenstein confessa-se ao Narrador Walton (que escreve para a irmã, a Sra. Saville),

“Às vezes, eu podia lidar com o soturno desespero que me esmagava, mas às vezes as paixões em redemoinho em minha alma levavam-me a procurar, por esforço físico ou mudança de lugar, algum alívio para as intoleráveis emoções.” (“Sometimes I could cope with the sullen despair that overwhelmed me, but sometimes the whirlwind passions of my soul drove me to seek, by bodily exercise and by change of place, some relief from my intolerable sensations.” c. IX)

As paisagens descritas romanticamente são aquelas dignas de um Caspar David, pintor alemão, a representar ravinas, picos alpinos, luares lúgubres, cemitérios cobertos de neve.
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images & bio
de Caspar David Friedrich
http://en.wikipedia.org/wiki/Caspar_David_Friedrich
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A cena toda – entre c. IX e X – é aquela de Manfred, da obra de Byron, o homem diante da imponência da Natureza. Victor exclama para as imensidões – e só consegue atrair a arenção da criatura, que se aproxima. E diante da fúria vingativa de Victor, o monstro ousa argumentação, “Eu esperava tal recepção; todos os homens odeiam aquele que é miserável; então, como devo ser odiado, eu o mais miserável dos seres vivos!” ("I expected this reception," said the daemon. "All men hate the wretched; how, then, must I be hated, who am miserable beyond all living things!" c. X)

A criatura quer ser ouvida pelo próprio criador! O monstro que até sabe se expressar humanamente! (Lembrar que somos o leitor debruçado sobre a carta que a Sra Saville lê extasiada, onde Walton narras as palavras de Victor que reproduz – com que exatidão? - a fala da criatura!) E a criatura desafia o Criador, ao lembrar que é mais forte e imponente. Aqui a criatura é uma espécie de Lúcifer, e também de Adão, e – por que não? – de Caim. Assim faz sentido a citação de Paradise Lost, de Milton, na abertura do romance.

“Lembre-se que sou tua criatura; deveria ser teu Adão, mas seria mais o anjo caído, que tu expulsaste do júbilo por crime algum. Em todo lugar eu vejo alegria, da qual estou irrevogavelmente excluído. Eu era benevolente e bondoso; a miséria fez de mim um demônio. Faça-me feliz, e eu serei virtuoso.” (“Remember that I am thy creature; I ought to be thy Adam, but I am rather the fallen angel, whom thou drivest from joy for no misdeed. Everywhere I see bliss, from which I alone am irrevocably excluded. I was benevolent and good; misery made me a fiend. Make me happy, and I shall again be virtuous." c. X)

Eis a condição da criatura – ele é o 'bom selvagem' que, devido a desproporção do corpo, a feiúra e monstruosidade, foi excluída do convívio humano, foi pervertido e tornou-se cruel. Ele volta ao criador – Victor Frankenstein – na esperança de ser regenerado, ou que o Dr. Faça uma companheira, para aliviar o tormento da solidão.

Nos capítulos XI a XVI temos a fala do próprio monstro – a narrativa do monstro dentro da narrativa de Victor dentro da narrativa de Walton sendo lida pela Sra. Saville (ou por nós, leitores). A 'fala do monstro' é uma clara re-elaboração da narrativa da 'criatura'. O estilo é o mesmo dos demais capítulos – ou antes, é o estilo das cartas de Walton (e não o de Victor, ou do monstro), uma marca do estilo autoral – que não varia de acordo com a personagem.

A criatura declara ao criador as vicissitudes, a aprendizagem da dor e do infortúnio, da monstruosidade e da exclusão. Quase sentimos compaixão pelo monstro, que, no entanto, é sempre sombrio. O monstro não foi criado 'mal' – é este um exemplo de 'bom selvagem' (sempre segundo Rousseau). Mas ao ser temido – e excluído – é gradativamente transmutado em monstro por fora e por dentro – passa a odiar.

Tal um menino de rua, tal um jovem de favela, sofre a violência do meio social (das outras pessoas, da autoridades, etc) e responde com mais violência, assim a criatura desenvolve, em solidão e misantropia, a crueldade que resulta em vinagança contra o criador.


Estamos no ápice do Romance. Agora o leitor ouse descer a colina, e seguir a decadência de Victor Frankenstein, que precisa decidir se vai se livrar do monstro, fazendo para este uma 'companheira', ou desafiar a fúria da monstruosa criatura, que pode lhe arrebatar o amor e a ventura.

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continua...



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notas

(2)Comparemos o efeito da estrutura narrativa em 'Frankenstein' e nos contos de terror do autor Poe.

Enquanto um dos 'defeitos' de Frankenstein é a extensão, a ausência de um 'clímax' central (há vários episódios de terror de modo difuso), os contos de Poe são consideravelmente curtos, concentrados, matematicamente concebidos para gerarem um terror como um efeito do 'ápice' da narrativa – o crime, a crise, o destino final do narrador-personagem.

Dizemos 'narrador-personagem', pois narrando em 1ª pessoa, há uma personagem que vivencia o terror que é narrado, está ali como testemunha do 'sinistro'. Em Frankenstein temos as cartas enviadas pelo explorador Robert Walton. Tais cartas trazem a 'voz' de Walton narrando a 'voz' de Dr. Frankenstein que, por sua vez, narra a 'voz' da criatura-monstro (que acabou sendo conhecida pelo nome do criador!)

Em comparação, nos contos de Edgar Allan Poe, há geralmente um narrador não-nomeado, um tanto confuso, que narra casos confusos – deixando o leitor numa fronteira ambígua entre a realidade e loucura – pois o terror se delineia no próprio ato de narrar – o narrador mesmo não onisciente, tem dúvidas, hesita, se contradiz...

O mesmo podemos dizer sobre a narradora-personagem de “The Turn of the Screw” (de Henry James) que precisa defender as crianças inocentes, mas não sabe se as crianças são mesmo tão inocnetes. Não há uma fornteira clara entre o delírio e a realidade – a narradora não tem certeza, então o leitor muito menos.

Em Dracula (1897) as cartas de Jonathan Harker, de Mina Murray (depois Mina Harker), de Lucy Westenra , além do diário do Dr. Seward, apresentam os pontos de vista de várias personagens – são diversas perspectivas – e é o leitor quem deve tentar uma 'totalização' – o que realmente aconteceu?
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