sexta-feira, 22 de outubro de 2010

sobre "Bel-Ami" (Maupassant) p2




Sobre “Bel-Ami” (1885) Romance
do escritor francês Guy de Maupassant (1850-1893)

Os Clássicos
(ensaio 5)

Quando a Literatura adentra bastidores de alcova e gabinete


Parte II


No final da Parte I, a viúva Forestier, Madeleine deixou claro a Duroy que para ela o casamento é associação, não jogo de dominação – afinal, ela é a mulher burguesa que carregou o 'talentoso' marido na pronta ascensão deste. É ela quem realmente escreve as crônicas...

“Compreenda-me bem. O casamento para mim não é uma cadeia, mas uma associação. Eu pretendo ser livre, inteiramente livre nos meus atos, em meus passeios, minhas saídas, sempre. Eu não poderei tolerar nem controle, nem ciúmes, nem discussão sobre minha conduta.” (“Comprenez-moi bien. Le mariage pour moi n'est pas une chaine, mais une association. J'entends être libre, tout à fait libre de mês actes, de mes démarches, de mes sorties, toujours. Je ne pourrais tolérer ni contrôle,” p. 225)

Aqui, a mulher é quem define as regras. Ela aceita o 'novato' e integra-o ao modo de vida dela. Casar-se com Madeleine é 'ganhar mais uma carta' no jogo da ascensão social – para isso Duroy precisa afastar a amante, a Sra de Marelle, e a prostituta Rachel.

O casamento é visto como um negócio, e com certa frieza pela viúva Forestier. E Duroy 'deixa-se levar' pelo 'espírito prático' da esposa – ele que pretende ser educado. Não é Duroy que conquista Madeleine – como ele fez com a Sra de Marelle – mas é a viúva que conquista o jovem arrivista, “'Não tenho mais ninguém no mundo... - ela lhe estendeu a mão e acrescentou – senão você.' E ele (Duroy) se sentia comovido, emocionado, conquistado como ele nunca antes havia sido por alguma mulher.” (“Je n'ai plus personne au monde... - elle lui tendit la main et ajouta... - que vous.' Et il se sentit attendri, remué, conquis comme il ne l'avait pas encore été par aucune femme.” p. 233)

Madeleine é uma arrivista inteligente, metódica, quer 'enobrecer' nem que seja mudando nomes próprios e de regiões, quer ser a Madame Duroy de Cantel, quer um nome que 'pareça' nobre... “e ela declara: 'com um pouco de método, se chega a alcançar tudo o que se quer.” (“et elle déclara: 'Avec un rien de méthode, on arrive à réussir tout ce qu'on veut.” I, p. 235)

Assim, Duroy vai se casar com Madeleine, e então afasta – sem 'cenas e arrufos' – a amante Clotilde de Marelle. O cronista da seção de boatos (isto é, fofoca sobre celebridade) se prepara para formar uma família burguesa, assinando com um nome de aparência nobre – Du Roy. E a esposa cuidará dos negócios do casal, “De resto, antes do casamento, ela tinha organizado, com uma segurança de homem de negócios, todos os detalhes financeiros do matrimônio.” (“Avant leur union, du reste, elle avait réglé, avec une sûrete d'homme d'affaires, tous les détails financiers du ménage.” p. 244)

E Duroy – ou Du Roy – aceita esse talento organizador da esposa, “Pois que é você quem assume a direção da casa, e mesmo de minha pessoa. O que te compete, com efeito, como viúva!” (“Parce que c'est vous qui prenez la direction de la maison, et même celle de ma personne. Cela vous regarde, em effet, comme veuve!” p. 245)

E ele assume seu papel, afinal de contas, a vida social é mesmo um teatro. “Ele [Duroy] falava agora com entonações de ator, com um jogo agradável de fisionomia que divertia a jovem mulher habituada às maneiras e jovialidade da grande boêmia dos homens de letras.” (“Il parlait maintenant avec des intonations d'acteur, avec un jeu plaisant de figure qui divertissaient la jeune femme habituée aux manières et aux joyeusetés de la grande bohème des hommes de lettres.” I, p. 246)

Na viagem que o casal faz para Rouen, em visita aos pais de Duroy, os modestos camponeses donos de uma taverna, aos quais Madeleine deseja conhecer, há belas descrições, de estilo romântico, mesmo numa obra onde o evidente é o estilo realista e límpido do Autor.

“Essa melancolia do anoitecer entrava pela portinhola aberta penetrando nas almas, tão alegres há pouco, dos dois esposos agora silenciosos.” (“Cette mélancólie du soir entrant par la portière ouverte pénétrait les âmes, si gaies tout à l'heure, des deux époux devenus silencieux.” p. 247)

Mas na sequência, o aoto erótico é narrado sem lirismo, nada de tom idílico, é ligeiro tal um apontamento, não passa de “uma curta luta sufocada, um coito violento e desajeitado” (“une courte lutte essouffée, un accouplement violent et maladroit”, p. 247-48) com algo de um tom 'naturalista' que veremos em Zola (e Aluízio de Azevedo, no Brasil, especialmente em “O Cortiço”)

O/a Leitor/a acompanha a viagem do casal até Rouen, a cidade natal de Duroy, onde visitaram os pais dele, camponeses donos de modesta taverna. A descrição dos camponeses é muito árida, ao tom realista, dos quadros de Millet e Courbet. Os pais de Duroy mostram-se tão pobres que até a 'cartesiana' Madeleine se comove – a mesma Madame que idealizava os camponeses.

“Madeleine também descera da carruagem e ela via chegar os dois pobres seres com um aperto no coração, uma tristeza que ela não tinha previsto.” (“Madeleine aussi était descendue de voiture et elle regardait venir ces deux pauvres étres avec un serrement de cœur, une tristesse qu'elle n'avait point prévue.” p. 252)
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E como o meio condiciona o olhar (a percepção) os camponeses admiravam a Madame como se estivessem diante de uma aparição – mesmo com a aprovação do velho pai e a reserva da velha mãe (que esperava uma nora mais robusta, ao modo da rústica mulher camponesa) – aqui temos o tema cidade X campo novamente encenado (tal como vimos em “Le Rouge et le Noir”, “Les Misérables” e veremos em “A Cidade e as Serras” - de Eça de Queirós – e “João Ternura” - de Aníbal Machado.

Numa época de imperialismo, de colonialismo, quando as potências europeias 'repartem' os espólios das conquistas no subjugado continente africano, o Autor quer mostrar – com a ascensão sem escrúpulos de Bel-Ami – que somente os inescrupulosos, os ambiciosos, os 'fortes' vencem no Capitalismo! O Capitalismo é movido por cobiça e exploração – e quem quer ser 'bonzinho' não tem lugar no topo, só há as 'margens'. Bel-Ami sai das 'margens' para ocupar o campo de batalha dos 'parvenus', os novos ricos.

Bel-Ami, Duroy, ou Du Roy, aqui assume o lugar que antes pertencia a Forestier. A mesma mulher, a mesma casa, os mesmos criados, os mesmos 'amigos' – o conde Vaudrec vem sempre para jantar – e demonstra um paralelismo com o plano da Parte 1 – falta ao leitor indagar quem será o novo 'Duroy' que este novo 'Forestier' irá 'erguer da lama' ! A esposa dita os artigos, o submisso cronista assina – e ainda julga-se 'ajudado' pela inteligência de Madeleine – a verdadeira 'ghost writer' destes jornalistas de sucesso!

Du Roy deixa a seção de Boatos e assume a coluna de política – a mesma coluna que antes era de responsabilidade do falecido Forestier ! (O Autor quer deixar claro o paralelismo!) Quem passa as informações 'privilegiadas' à esperta Madeleine? Quem são os políticos que frequentam os jantares do novo casal? (ver capítulo II) Será o Conde o amante de Madeleine ? Duroy frequentava a casa do Sr. de Marelle, o marido traído...

Ao contrário de Victor-Hugo, cujo o Narrador quer tudo explicar, o estilo de Maupassant é de concisão e limpidez. Apenas o essencial – o restante o leitor que 'complete' as entrelinhas. É Vaudrec o amante de Madeleine? Terá o Conde apresentado Madeleine ao futuro marido, Charles Forestier? Era o Conde a tal 'fonte' não revelada dos 'jogos' da alta política?

No jogo de interesse partidário, um exemplo é o deputado – agora ministro – Laroche-Mauthier (outro contato de Madeleine, e que se tornará amante...), um “advogado de província, belo homem de distrito, guardando um equilíbrio de esperto entre todos os partidos extremos, espécie de jesuíta republicano e de cogumelo liberal de natureza duvidosa, como se prolifera às centenas sobre o estrume popular do sufrágio universal.” (“avocat de province, joli homme de chef-lieu, gardant un équilibre de finaud entre tous les partis extrêmes, sorte de jésuite républicain et de champignon libéral de nature douteuse, comme il en pousse par centaines sur le fumier populaire du suffrage universel.” II, p. 267)

Bel-Ami apenas ocupa o lugar antes ocupado por Forestier – a ponto de gerar ironias e piadas entre os jornalistas. Afinal de contas, o estilo de Duroy é muito semelhante ao de Forestier – é Madeleine quem escreve, como sabemos, e todos assim insinuam. Bel-Ami, ou Du Roy, sente rancor do falecido Charles Forestier, o amigo que o ajudou a 'sair da margem'. No mais, Duroy suspeita que Charles possa ter sido traído – Madeleine não parece acima de suspeitas. Afinal, é mulher inteligente, liberal, independente, com amigos influentes...

Assim, Madeleine não se mostra tão ciumenta quanto a Sra. De Marelle. E espera, assim, que Duroy não se incomode com os possíveis contatos da esposa – que cada um cuide dos (possíveis) casos extra-conjugais. E ela até chega a insinuar uma possível paixão da Sra. Walter, esposa do patrão. O sedutor Duroy acha interessante esta nova conquista. A própria Madeleine 'empurra' Duroy para a Madame Walter – além de 'aconselhar' que Duroy – se fosse livre – pedisse a mão da jovem Suzanne, filha dos Walter. E Duroy passa a sonhar com um casamento com a rica herdeira.

Assim, Bel-Ami passa a transitar entre as amantes – Sra. Walter e Sra de Marelle – enqaunto mantem o casamento com Madeleine. Ao mesmo tempo, cultiva uma 'amizade' com Suzanne... Só a menina Laurine – filha de Clotilde de Marelle – a menina que deu-lhe o apelido carinhoso de 'Bel-Ami', percebe que tipo de 'crápula' é o sedutor Duroy.

Bel-Ami, o querido das madames! Eis o “cherchez la femme”! Em todo o sentido possível do ditado francês: há sempre uma mulher por trás de algum caso, em algum bastidor, nas penumbras da questão. Uma mulher que pode ser uma porta para adentrar um mistério, uma poder almejado, ou a mulher enquanto portadora de uma infortúnio, tal uma Charlotte a apunhalar Marat!

As mulheres funcionam mais como um trampolim para a ascensão social – as mulheres que conhecem os bastidores – que compartilham homens – que obtem assim as informações colhidas nas alcovas – repassadas de um homem a outro! O amante envia recado ao marido através da amante! Assim Bel-Ami faz 'amizade' com o Sra. de Marelle e ajuda-o a ganhar 10 mil francos!

Mas esta tradição de fêmeas e alcovas está em “Les Liaisons daugereuses”, 1782 ) o romance epistolar (em forma de cartas) do nobre militar Chordelos de Laclos (1741-1803) – que foi traduzido, no Brasil, por Carlos Drummond de Andrade, com o título de “As Relações Perigosas”.
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Sempre frequentador da alta sociedade, Duroy se integra ás cenas de 'sociedade' que antes somente podia ver 'de longe'. Agora adentra a multidão de esnobes num torneio de esgrima na propriedade do jornalista Jacques Rival, que propõe o evento para arrecadar 'fundos' para os necessitados. A hipocrisia dos ricos em 'paternalmente' manter a pobreza dos necessitados graças ao envio frequente de 'esmolas' na forma de 'donativos'. A filantropia não passa de uma forma de manter a dependência e a servidão dos explorados. Quanto ao evento, Duroy aproveita para estreitar a 'amizade' com a Sra. Walter.

A narrativa alterna eventos da sociedade com cenas amorosas e acontecimentos políticos, até históricos – por exemplo, as turbulências do II Império francês – 1852-1870 – época de Baudelaire e dos 'poetas malditos', além dos pintores realistas. Tudo cria um perfeito 'folhetim' que hoje nós lemos como um romance clássico, até 'canônico'.

Sobre o II Império Francês
http://fr.wikipedia.org/wiki/Second_Empire
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Folhetim até pelos cenários escolhidos. Retratar a sociedade em lugares icônicos – templos, feiras, jornais, torneios, boulevards, distritos & subúrbios, em suma, o Autor realista pretende apresentar um 'painel' da sociedade que está diante das 'objetivas' da Escrita. Assim se explica a cena na qual Duroy encontra a Madame Walter numa ... igreja! O Narrador destila toda uma ironia sobre o papel da religião no II Império – num estilo que encontraremos num Machado de Assis (“Memórias Póstumas” e “Quincas Borba”) A Sra. Walter é cristã, mas casada com um judeu (o dono do La Vie Française), e se esmera em mostrar-se 'católica praticante'. O estilo aqui tem algo do 'naturalismo' que já encontramos na cena lá no Bois de Bologne – P2, c. II, pp. 273-80 – onde os amantes são comparados aos animais no cio. Já a cena na igreja – com todo um jogo de sedução, com avanço e negação, ao pé do altar! - é irônica, e o Narrador chega a ser iconoclasta.

O confesssionário, por exemplo, é assim descrito, na p. 316 ,

“Ele (o padre) tira uma argola cheia de chaves, depois ele escolhia uma, e ele se dirigia, com um passo rápido, rumo as casinhas de madeira, espécie de caixa de lixo da alma, onde os crentes esvaziam os pecados.” (“il tira un anneau garni de clefs, puis il en choisit une, et il se dirigea, d'un pas rapide, vers les petites cabines de bois, sorte de boîtes aux ordures de l'âme, où les croyants vident leurs péchés.” IV )

A Madame prefere se confessar ao padre, o que irrita o sedutor Du Roy – que, no entanto, sabe ser paciente. A sedução vai continuar.

Mas antes a cena política: a crise no Marrocos, a mudança de Gabinete de Governo, a ascensão do jornal – La Vie Française – a 'folha oficiosa' (“feuille officieuse”). Du Roy rescreve o primeiro artigo – aquele ditado por Madeleine no c. III da Parte 1 – e faz sucesso! Só depois outra cena amorosa. Saberemos mais sobre a crise no Marrocos e na Argélia – noticiada exaustivamente pelo La Vie Française – no c. V – onde o salão de Madeleine está no foco político. O deputado Larouche-Mathieu é agora o poderoso Ministro dos Negócios Estrangeiros. Manda em todos – e Du Roy sente inveja... “Que cretinos esses homens políticos!” (“Quels crétins que ces hommes politiques!”)

O Capitalismo é a selva das finanças e exploração onde o esperto, o inescrupuloso vence. Du Roy percebe que manter a união com Madeleine é limitação à ascensão dele na política. Ele volta o olhar para a herdeira Suzanne – e vai fazer de tudo para conquistar a mocinha.

Com a morte do Conde Vaudrec – possível amante de Madeleine – a esposa de Du roy recebe a herança de um milhão ! Du Roy consegue repartir a fortuna entre o casal – para garantir as 'conveniências' – imagine-se o escândalo! Ele acaba por usar o dinheiro para se garantir na vida de gastos e consumo na 'alta sociedade' – por exemplo, frequentar a casa e os eventos do casal Walter. (Ao mesmo tempo em que se afasta a Sra. Walter enquanto amante...)

O observável é que os nobres arruinados se casam com as filhas de capitalistas – financistas, banqueiros, industriários – em suma, a nobreza entra com o título pomposo e a burguesia com a fortuna. A herdeira aqui são as filhas Rose e Suzanne – esta última garantia a Du Roy o acesso à carreira política.

“Ele (Du Roy) sorria de modo irônico e altivo, e nomeava aqueles que passavam, pessoas da nobreza, que tinham vendido seus títulos enferrujados às filhas de financistas iguais a ela (Suzanne), e que viviam agora junto ou longe de suas mulheres, mas livres, imprudentes, conhecidos e respeitados.” (“Il souriait d'un sourire ironique et hautain, et il se mit à lui nommer les gens qui passaient, des gens très novles, qui avaient vendu leurs titres rouillès à des filles de financiers comme elle, et qui vivaient maintenant près ou loin de leurs femmes, mais libres, impudents, connus et respectés.” VII, p. 378)

Mas para casar-se com Suzanne, Du Roy precisa conseguir o divórcio. Então, ele não hesita em surpreender Madeleine em flagrante adultério com o Ministro Larouche-Mathieu. Em seguida, os artigos de Du Roy derrubam o Gabinete do Ministro. Até o Sr. Walter passa a 'respeitar' a força de ascensão do 'jornalista' Du Roy! Que finalmente consegue o divórcio. E não hesita em cortejar a filha do patrão. A família de Suzanne obviamente não aceitaria semelhante arrivista, então a mocinha aceita fugir com o querido Bel-Ami. Assim, Du Roy 'rapta' Suzanne para enfim pressionar a família Walter. E o arrivista vence novamente!

Nos finalmente, Du Roy volta a aromper com a amante, a Sra. De Marelle, e só consegue a inimizade da ex-amante Sra. Walter, agora a sogra! Assim, Duroy, agora Du Roy, e com título de Barão, e 'filho de dois pobres camponeses', casa-se com uma rica herdeira, filha de um maiores financistas franceses, um empresário judeu. (Veremos em breve como o antisemitismo passou a atuar na França no final do século 19, principalmente com o “caso Dreyfus”) E Du Roy pode satisfazer finalmente sua ambição de ter uma carreira política.

Enquanto isso, começam a surgir, num outro jornal, artigos semelhantes aos de Forestier e Duroy, e assinados por um 'iniciante' – obviamente 'adotado' por Madeleine, que encontrou outro aluno, digo, marido. A 'ghost writer' Madeleine é mesmo incansável. E o Autor, sempre invisível atrás do discretíssimo Narrador, sai de cena com um sorriso amargo.

ago/set/10

por
Leonardo de Magalhaens
http://leoleituraescrita.blogspot.com/
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Bel-Ami (em francês) no Wikisource
http://fr.wikisource.org/wiki/Bel-Ami
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Um comentário:

  1. Adorei sua interpretação. Principalmente quando escreveu que Duroy não se perde em dúvidas metafísicas como os personagens de Stendhal e Dostoievsky, ele simplesmente age!

    E que bom que existem os narradores da ação, assim como que ótimo que existem os narradores das dúvidas metafísicas.
    Minha resposta a Por que ler os clássicos é que cada grande escritor criou um mundo, e entrar nesses mundos diversos, cada um com seu modo de pensamento e de ação, nos torna mais ricos do que se tivéssemos que nos limitar ao nosso único mundo.

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